terça-feira, 28 de dezembro de 2010

DAR DE MAMAR É MUITO MAIS FÁCIL

Dar de mamar não dá trabalho nenhum! No máximo te ocupa enquanto ela está no peito, o resto é só alegria (ou tristeza, ou sono, ou passeio, ou choro, ou preguiça). Dar comidinha exige atitude o tempo todo, do contrário, tudo sai do trilho e a vida e a casa viram um caos! Compra a comida, prepara a comida, separa nos potinhos, traz a Alice, pega a cadeirinha, traz o babador, posiciona o prato e, ufa!, dá a comida. Depois dá água (ah, esqueceu de separar, levanta e vai rápido pegar), limpa ela, põe no cercadinho, lava a louça, a panela, a cadeirinha e, então, você pode ir comer. Daí tem a sua louça (ok, não precisava ter lavado a dela antes, mas você já lavou e agora tem que lavar de novo), guarda tudo na geladeira, e pode ir ver que ela já precisa trocar a fralda. Daqui há pouco já é hora da frutinha, aí vc pega aquela louça que vc acabou de lavar e começa a sujar tudo de novo...

É função sem fim...

CALMA PRA FAZER DORMIR

Acho que esse é um dos temas mais difíceis – dormir a noite. Enfim, vou registrar como tenho lidado com isso.

Depois que voltei a trabalhar e a partir do evento do casamento, a Alice passou a acordar toda madrugada, por volta de 1h30– 2h. Das primeiras vezes, dei peito, e então comecei a perceber que isso não estava sendo legal – estava consolidando o hábito e fazia ela acordar mais tarde pela manhã, mais cansada e com menos fome. O primeiro resultado ao ‘não-peito` foi um desastre. Fiquei super agoniada, cheia de sono, louca pra ela dormir de novo, mas sem peito nem eu sabia como e ela só chorava. Ficamos umas 2 horas nessa ‘briga’, eu saia e entrava no quarto, o Lelê tentava ajudar, só que ela chorava ainda mais, cheguei a deixar ela chorando no berço, não via como ela podia dormir naquela berração toda, impossível. Acabei cedendo o peito – e caímos exaustos os três! Na noite seguinte cheguei a ficar com medo da noite... quando ela acordou, resignada, fiz ela retomar o sono no peito.

Depois disso, decidi que eu tinha que encarar o choro: deixa o sono pra lá, ela vai acordar, eu já sei, e eu vou me dedicar a acalmá-la. E foi isso. Fiquei por 1 hora com ela até ela dormir, e percebi o que a CALMA é capaz de proporcionar. Sem me deixar contaminar pelo ‘sofrimento’ dela, consegui ver que ela chorava de olhinhos fechados, e assim o que ela precisava mesmo era só de calma.

Desde então, a cada noite, o tempo pra ela retomar o sono foi diminuindo e passei a acalmá-la no próprio berço. Há 3 noites ela não acorda; na verdade, ela parece dar uma leve despertada, resmunga um pouco e volta a dormir sozinha.

Bem, essas 3 noites coincidiram com o início da papinha salgada e como eu estava contando a papinha salgada está fazendo ela agitar muito durante o dia e a dormir mais pesado do que antes...

De um jeito ou de outro, minhas noites estão voltando a ser de sono J

COISINHAS QUE ELA FAZ E A GENTE VAI ESQUECENDO - 2

Alice agora chora em ‘ggggghi’. Adora ficar em pé e é sempre o que ela quer. Fica com as pernocas duras, enrigece o corpo e reclama– gggggghi – não se deixa sentar fácil não.

Agora que já senta com firmeza, está treinando pra se colocar sentada. No carrinho, dependendo da posição do encosto já senta ou tenta se puxar pra sentar. A pediatra alertou – Rachel, abaixa o berço! – confesso que estou enrolando... todo dia digo que vou fazer e não faço. Ai ai.

Ah! Descobri que a Alice é super calorenta! Ok, está o maior calor, mas a bichinha transpira demais, fica cheia de brotoejas. Como eu sou mais friorenta tendo a errar no agasalho, Lelê e Ana Paula ficam me pilhando, dizendo que é por isso que ela acorda no meio da noite.

ELA ME QUER ☺

Nesse 1o fim de semana de comidinha, a Alice aprendeu uma outra coisa: descobriu quem é a mamãe!!!

Ela olha pra mim e joga os bracinhos na minha direção! Aaaaaaaaaaa!!!!!! A-do-ro!! Disfarço uma certa indiferença mas, lógico, fico CHEIA de orgulho. Hahaha! Sou mais importante, tá!! Hahaha. O papai fica querendo que ela faça com ele tb. Vai fazer! Mas ainda não J, por hora é a mim que ela quer!

sábado, 25 de dezembro de 2010

BATATA COM CENOURA, LARANJINHA LIMA

Essa foi a primeira refeição da Alice. Fofa!

Mamãe aqui fez questão de preparar a comidinha, apesar da pouca aptidão. A pediatra falou, tem que ficar gostoso, não abusa do sal mas pode temperar. Então me dediquei e o papai suuuper ajudou! Foi muito divertido! Nos emocionamos ao ver tão bonitinha a Alice comendo e curtindo, sacudia as perninhas, abria a boca pra próxima colherada, o rostinho bochechudo mastigando o purê, olhava pro papai e voltava pro prato, corpinho projetado pra frente, querendo mesmo brincar de comer. Ai, tão linda, mas consegui contar as lágrimas e me entregar à brincadeira de dar comidinha, gostoso demais.

A tardinha foi a vez do suquinho de laranja lima. AMOU!! Tava bem docinho e ela se agitava toda. Quando eu tirava o copinho, se sacudia e dava gritinhos.

Agora, toda essa novidade não vem assim sozinha. A comida parece que deu uma turbinada na Alice. A sensação é que de uma hora pra outra ela passou a falar muuuito mais – Bááá-báá-báá! Fica um tempão soltando a voz, faz entonações diferentes, dá gritinhos, gargalha sozinha. Quer ficar em pé o tempo todo, no colo está sempre agitada, se joga pros brinquedos, quer pegar tudo o que vê pela frente, papel então, é o item predileto, já comeu vários até eu perceber esse novo paladar da pequena.

Fora isso, o sono dela está diferente. Está mais fácil e mais pesado, e agora, se ela está com sono, não enrola muito, não, ‘pede’ ajuda e dorme.

Nessa última semana do ano, vamos pra Serrinha passar o réveillon. E o foco de dúvida do momento é a alimentação dela lá. Acho que vou levar uns potes com comidinha pronta e congelada, pra usar mais no início e levar tb uns leguminhos pra fazer lá mesmo. Assim fica fresquinho e não corre o risco de ‘vencer`. Uns potinhos Nestlé tb vão acompanhar nosso kit bebê. Outra linha de itens da viagem: piscininha, protetor solar, maiô-fofo, chapéu, biquininho. Heheheh. Vai ser muito legal!!!!!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

SALGADINHOS A CAMINHO

Alice linda está pronta pra se aventurar nas comidinhas salgadinhas. Eeeee! Ela tem gostado tanto das frutinhas, come sorrindo, compenetrada e não desperdiça comida. Acho que vai se amarrar nas comidinhas salgadas.

Agora ela terá uma rotina de alimentação completa, com almoço e jantar de verdade :). As mamadas vão ser menos importantes :(.

Mas então.

Me acostumei a ficar tirando leite. Ok, é um saco, demora, é barulhento, às vezes machuca, tem que limpar tudo o tempo todo... mas me organizei toda pra isso, tenho vários potinhos, lancheirinha, uma salinha no trabalho, toda uma rotina em função do leite – quando acordo, antes de sair de casa e quando chego. E a verdade é que cada vez que paro pra tirar leite me sinto ligada a ela, me sinto cuidando dela, como se eu estivesse fazendo uma manutenção da relação com ela. Quase gosto de tirar leite.

Só que agora... meio que não precisa mais, e aí estou me sentindo um pouco esvaziada, deixando de ser especial... Dar de mamar é um momento tão particular, sou só e ela; ali, estamos nos amando, é íntimo demais, gostoso demais. Mas a fase final da amamentação chegou... snf, não vou mais ser exclusiva pra ela. Não vou mais PRECISAR sair correndo do trabalho. O leite vai começar a diminuir... já está diminuindo, na verdade – fiquei 1 dia sem tirar leite na semana passado e já afetou a produção. Vou ser só mais uma mãe às voltas pra equilibrar todas as demandas de cuidar do filho e da própria vida.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

SANTA PACIÊNCIA

De novo no tema “dormir de noite”, neste fim de semana pela 1ª vez consegui fazer a Alice dormir sem ser no peito.

De umas semanas pra cá, Alice acorda toda madrugada (coisa que ela não fazia desde os 2 meses). E, com maior ou menor demora, mais ou menos choro, muito ou pouco embalo, o final é sempre no peito. Só assim ela dorme.

Só que isso como regra está começando a interferir na rotina alimentar da pequena – como mama de madrugada, demora pra acordar, pois não tem fome e fica mais cansadinha. E aí dá uma bagunçada na programação.

Neste sábado, consegui fazer diferente.

Quando ela acordou, insisti MUUITO em confortá-la no berço. Me debrucei toda pra dentro do berço, dei chupeta, carinho no cabelo, carinho na testa e entre os olhos, palmadinha no bumbum fazendo ela ninar, cantando baixinho sem parar... e a CHAVE: fazer tudo isso com a maior calma do mundo!!! Por mais que ela chore, por mais que pareça não estar adiantando, por mais que ela se debata, nunca perder a CALMA. Só com calma é possível acalmar.

E assim foi. Ela chorava de olhinhos fechados. Topava a chupeta e depois cuspia. Ao invés de enfiar a chupeta de volta imediatamente, deixava reclamar um pouco mais, sem sair “de cima”, com a voz bem tranqüila, cantando a musiquinha, fazendo carinho, oferecia a chupeta de novo. Quando pegava, se acalmava de leve e depois chorava de novo, mas ainda com a chupetinha na boca. Ficamos assim, juntinhas (eu pendurada no berço), fazendo carinho, confortando, por uns 45 min. Haja disposição! Haja coluna, uf! E haja calma. Enfim, acabei pegando ela no colo, mas me mantive oferecendo o mesmo conforto – a calma. E aí no colo ela relaxou e dormiu em 5 minutos.

Nem acreditei! Já eram 2h30 da manhã e a fofinha só acordou de manhã. Toda alegrinha, como sempre.

SAÍ CHORANDO

Hoje, pela 1ª vez, saí de casa com a Alice chorando. Esperando o elevador, ouvia ela choramingando, hhhm, dó ... ainda bem que o elevador já estava no 10 e eu fui embora rápido.

A babá não veio e a Janete, da casa da minha mãe, veio cuidar da Alice. A Janete é uma querida, conhecida de longuíssima data, já tinha ficado com a Alice outra vez quando eu ainda estava de licença, justamente para poder se acostumar com ela. Só que hoje, além dessa “troca”, a Alice acordou às 5h e não às 7h como de costume e isso bagunçou a rotina.

Normalmente, ela mama às 7h e come a frutinha às 10h, com uma soneca no meio. Mas como acordou e mamou cedo demais, acabou dormindo em seguida até 7h30. As 9h, quando começou a reclamar, fiquei sem saber – será sono, como costuma acontecer a essa hora, ou será fome já que ela se alimentou às 5h da manhã, depois de ter dormido a noite toda (YES!!) desde às 21h (YES-2!!!).

Tentamos fazê-la comer. Não rolou. Janete levou ela pra “rua” pra passear. Médio. Botou no carrinho pra tentar que dormisse. Zero!

Enfim. Eu precisava sair. Tive que deixá-las tentar sozinhas. Saí com o coração apertado, certa de que se eu ficasse, conseguiria resolver a questão e engrenar o dia.

Mas não fiquei... hhhm.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O 1° MAMÃO

Alice parecia perceber que aqueles preparativos todos eram pra ela ser a estrela principal. Uma nova experiência estava a caminho.

Papai e titia na atividade - abre a cadeirinha, corta o mamão, amassa tudinho, pega o paninho, põe babador, pega colherzinha, câmera na mão! Alice, no colo da mamãe, acompanhava todos os movimentos com a maior atenção, como se esperasse a deixa pra entrar em cena - sentamos ela diante do prato.

Alice olhava fixamente pr'aquele laranja todo, parecia pensar – ok! agora é comigo! essa é a minha parte!

Papai direcionou a colherzinha, a boquinha foi abrindo e a lingua pra fora - fófa!! Deu uma experimentadinha, sorriu pra titia empolgada (a empolgada aqui é a titia), voltou pra colher e mandou ver!

Linda!! Comeu tudinho!!!

De noite, veio o resultado... êh cocô fedido :)

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Na 2a feira, mamãe não conseguia sair de casa. Não conseguia abrir mão de ver a Alice comer com a babá.

A cena: Alice sentada na cadeirinha muito maior do que ela, a Raquel em frente dando a maçã amassadinha - , Alice mastigandinho, babava a papinha e buscava a próxima colherada. Compenetradíssima, sacudia as perninhas e comia tudo.

Saí de casa chorando. Porque ela estava comendo tão bonitinha, que emoção! Porque estou deixando de ser exclusiva pra ela e me sentindo menos importante (é bobagem, mas é o que sinto). Por tristezinha por não poder acompanhar este novo momento mais de perto. Pela ansiedade e cobrança interna de ter que orientar "no escuro", sem ter treinado o bastante.

Neste momento me dou conta de como é importante o papel da babá, depende muito dela o sucesso das novas empreitadas da vidinha da Alice. Tem que ter sensibilidade e paciência pra perceber como ela está reagindo, saber quando insistir, quando desistir, quando esperar, quando retomar, quanto oferecer.

Pedi à Raquel pra escrever sobre o dia da Alice - como foi a alimentação, se mamou também, quanto mamou, se brincou, se rolou, se caiu, se chorou. O resultado tem sido reconfortante e também engraçado pela falta de habilidade da moça na escrita. Mas até que ela progrediu...

Enfim... é a rotina que precisamos criar para cuidar dos nossos bebês. O importante é perceber que não estar do lado não significa estar longe. Não presenciar todos os momentos não significa ser ausente. Todo o ambiente que construímos e cuidamos para atender às necessidades da criança é parte do mesmo amor que sentimos por ela.

Com isso esclarecido no coração (essa parte é mais difícil, mas temos que exercitar) os momentos "do lado" e "presente" tornam-se apenas tão importante quanto os demais, e não os de recuperar o tempo perdido. O que esses momentos tem, na verdade, são valores diferentes para nós. Mas pro bebê faz parte do cuidado e do carinho por ele.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A MOÇA QUE SE JOGOU DA JANELA

Um dia, saindo do trabalho, tinha um monte de gente na rua olhando pra cima.

No alto de um prédio, esquina da Rio Branco com São José, uma pessoa parecia sentada na janela. “Pula!!” gritava um e outro na rua.

Não resisti e fiquei ali olhando também – uma figura muito bizarra, toda de branco estilo noiva-cadáver estava sentada no último andar, com as pernas pra fora. De repente vi a figura esticar o corpo pra fora da janela e ... pulou!!!!!!

– AAAAAAAAi – berrou a multidão.

– Ai meu Deus do cééééu!!! – berrei eu. Virei o rosto desesperada, não ia agüentar ver aquela cena! Socorro!

Eu não tinha percebido que uma corda segurava a mulher (nem sei se era mulher, na real), e ela foi ‘rapelando’ pra baixo, saltando as janelas como se voasse suavemente.

Bicho! Aquela cena me deixou tão, tão atordoada. Eu tinha certeza de que a pessoa tinha se jogado e a sensação foi horrenda. A imagem daquela figura bizarríssima voando prédio abaixo, devagar com um véu esvoaçante me provocou um sentimento tão ruim, me atormentou tanto, que desde então, todos os dias qdo passo por ali, chegando e saindo do trabalho, me lembro dessa sensação. Hhhhrrr, ruim!

Acho que se eu fosse criança ia chorar toda vez que passasse por ali. Talvez chorasse de noite atordoada com aquela imagem. Acho que é por isso que as crianças, às vezes, tem medo de escuro, medo de alguns lugares ou de pessoas, de pessoas fantasiadas. Devem provocar uma sensação da qual elas não gostam mas que não sabem explicar e da qual não conseguem se desvencilhar. Por mais que se tente convencê-las de que não há perigo ou que aquele bicho é só uma fantasia, a sensação não muda. Precisa de muita racionalização pra entender e resfazer a ideia e aí é muito difícil.

Tomara que eu me lembre disso – e por isso estou escrevendo – quando a Alice tiver maus sonhos ou inexplicavelmente cismar com algum lugar. Tem que respeitar e consolar, só isso.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

DORMIR É MUITO DIFICIL‏

Por que será que dormir é tão difícil? Dormir é tão bom, descansa o corpo e a mente, recarrega a energia. É só fechar o olho, relaxar o corpo e tudo acontece sozinho.

Pois é, mas a Alice ainda não aprendeu essa parte e fazê-la dormir à noite está ficando cada dia mais difícil. O auge foi neste final de semana.

No sábado, vovô Tutu e vovó Pié vieram ficar com a Alice para irmos ao casamento da Fê – lindíssimo, por sinal. Nem me estendi muito nas orientações para mamadas ou como fazer a Alice pegar no sono porque depois que ela dorme, lá pras 21h30/22h, não acorda.

Só que...

De volta da festa, tipo 1h30 da manhã, descobrimos que não foi bem assim. Alice acordou 15 minutos depois que saímos. Vovó tentou colinho, chupeta, musiquinha e Alice, já rouca, aos berros, não topava nada. Vovó chegou fazê-la dormir umas 2 vezes antes do Vovô descongelar o leite. Só quando o leite acabou, a vovó conseguiu dar a chupeta, ficou com ela no colo por uns 15-20 minutos e então, pouco depois da meia noite, ela enfim dormiu. De manhã acordou linda, plácida, sorridente como se nada tivesse sido diferente.

No domingo, depois de um dia inteiro na rua dormir tb foi uma dificuldade! Resumindo bastante, ela só dormiu 1h30 da manhã depois de dormir e acordar umas 4 ou 5 vezes e ter sido deixada chorando por vários minutos, numa tentativa (frustrada) de que dormisse sem ser no peito, uma vez que o problema dela não era fome.

Coitadinha! Coitadinhas de nós. Ela chorava de olhos fechados, sem conseguir relaxar. Eu num determinado momento fiquei um pouco impaciente com a ‘reincidência’ dela e com aquela choradeira toda.

Não sei o que estará incomodando ela. Pode ser uma reação tardia à minha volta ao trabalho. Pode ser alguma ansiedade minha em que ela durma logo, então não dou o tempo que ela precisa pra relaxar. Pode ser ela que está crescendo e se interessando mais pelo mundo ao redor e não quer se desligar. Pode ser tudo isso junto...

Enfim, é a tal mudança de fase né. Outras mudanças acontecem junto não só as que a gente quer ou controla. Semana que vem começaremos com comidinha e eu estou louca pra brincar de dar comidinha. Mas tenho que ficar ligada nessa nova mudança, que pode gerar outras mudanças mais difícies ou menos tranqüilas.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

TIRADENTES

A melhor coisa que fizemos foi ir pra Tiradentes no feriado. A viagem foi delícia, Tiradentes é uma graça – recomendadíssimo, aliás – e a Alice se comportou maravilhosamente.

Minha última semana da licença passou tranquila, fiquei na boa, como se nada fosse mudar. Mas na 6a feira, o tempo entre a babá ir embora e o Lelê chegar em casa (o que durou umas 2 ou 3 horas) bateu uma angústia, uma tristezinha, choreeei... olhava minha boneca sorrir e não conseguia me desapegar do drama ‘nunca mais vai ser assim’.

Então, sair do Rio, sair de casa, se livrar da rotina doméstica, não preparar a volta pro trabalho foi ótimo! Continuei na minha paz, dedicada integralmente a Alice, até o último momento da licença J.


DORMIU CEDO

Hj a Alice dormiu cedaço, me pegou de surpresa. Mamou umas 19h40, imaginei que dps disso fosse dar banho, brincar um pouquinho, e então a mamada derradeira pra dormir.

Que nada! Mamou 20 minutos e dormiu. Achei que fosse um cochilinho, mas, rapaz, a bichinha apagou total. Dps de mais uns 15 minutos no meu colo, resolvi levá-la pro berço, certa de que acordaria com o movimento. Nem fui muito cuidadosa. Nada! Fui eu tomar banho – ela SEMPRE acorda quando resolvo tomar banho dps dela dormir. Nada!

Fiquei meio perdida, sem saber muito o que fazer... esse negócio de rotina é forte! Entrei no quarto umas 4 vezes pra ver se ela acordava, mas foi isso mesmo. Ela ainda despertou umas 23:30, mamou quase dormindo, e voltou a dormir. Só acordou as 7h30 da manhã (ela costuma acordar umas 6h). Dorminhoca linda J.

DE VOLTA AO TRABALHO – A 1a SEMANA

Chegou a hora. É uma nova fase, à qual é importante se dedicar, se preparar e encarar. Não queria não... mas, enfim não tinha jeito. Chegou e acho que nos saímos muito bem apesar de não ter tido junto o Lelê que viajou a semana toda.

Fui super bem recebida no trabalho, o que me fez sentir que sou querida e isso foi muito legal. O escritório está em novo endereço, o que tb ajudou a não dar a sensação de retorno ao calvário.

Consegui ficar realmente tranqüila, liguei pra casa apenas 1 vez por dia, pouco antes de ir embora, e consegui um cantinho pra tirar leite mais a vontade.

Ao chegar em casa, a Alice estava sempre ótima e me recebia sorridente como ela é, a vontade no espacinho dela. Ai, que alívio ver ela bem. Acho que consegui criar um circulo virtuoso, eu estava na boa, então ela ficou tranqüila, ver ela tranqüila me deixou bem e confiante, o que fez com que ela continuasse bem tb... Bom isso né.

Agora é assim. Acompanho a pequena pelo diário que a babá faz pra eu ver no fim do dia, o quanto ela mamou, o quanto dormiu, quando saiu, se rolou, se brincou, se riu, se chorou, quem encontrou. Rsrs. É meio tosco, mas funciona super.

O duro mesmo é que perceber que o tempo está escaaaaasso! Mesmo o blog, que estou curtindo fazer, fica bem capenga. Ou escrevo ou tomo banho. Ou vejo jornal ou entro na internet. Ou tiro leite ou janto. Tenho que escolher o que vou querer fazer de noite, se inventar de fazer tudo vou dormir 1h da manhã, daí falta hora de sono.

As manhãs tb são uma maratona. Se não me levanto logo, não dou conta de dar de mamar, tirar leite, tomar banho, tomar café (ler jornal já nem tento), me arrumar (demora mais do que parece...) e, o mais importante, estar com a Alice.

De repente quando eu parar de tirar leite (aliás nem sei quando é isso...) deve aliviar, pq tirar leite toma muito tempo, de 2 a 3x por dia. Mas, pensando bem, a Alice já vai começar a comer e aí deve piorar um pouco, porque o tempo passa a ser o dela.

Ai. É isso né, tá no pacote! Ainda bem que o meu pacote é lindo, fofo e cheiroso!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

150 DIAS COM ELA

A licença chegou ao fim. Passou rápido, mas muita coisa passou... quando olho pra trás, lembro de quantas coisas aconteceram, quantos momentos diferentes vivemos e como foram (e continuam sendo) todos bons, por mais difíceis que alguns pudessem parecer.

A 1a noite com a Alice... ainda no hospital... tudo tão novo, ela tão pequenininha, enrolada na mantinha, passamos uma noite vaga-lume, cochilando e despertando ao mínimo gemido vindo daquele bercinho de laterais de plástico. Olhávamos pra ela o tempo todo. O Lelê recebia as enfermeiras de cueca, pq não lembramos de levar roupa pra ele.

Teve a Copa do mundo. Fantasiamos a Alice de Brasil num body gigante praquelas perninhas magrelas. O Lelê ainda estava de férias, ficava se revezando entre a obra e os jogos, que tinham todos os dias.

Os quase 2 meses com a Alice na casa dos sogros. As choradeiras de fim de tarde e as da madruga que tentávamos abafar pra não atrapalhar demais o sono da vovó e do vovô. As longas e várias mamadas, a demora pra aliviar a barriguinha e arrotar, o carrinho que era onde ela dormia parecia enorme pra ela. Teve o tombo, que foi horrível e que trouxe o berço portátil em seguida.

A mudança pra casa nova, o cheiro de obra que a casa ainda tinha. A cabecinha da Alice ficando durinha, ela aprendendo a pegar – muito fofa! –, as roupinhas ficando pequenas, os dias e noites frios que passamos, os barulhinhos e gargalhadas ficando cada vez mais altos e mais elaborados – uma delícia. Ela aprendendo a sentar e agora aprende a ficar em pé.

Enfim... inúmeros momentos. Não me lembro de todos os detalhes, todos dizem que a gente esquece, e eu reitero, esquece mesmo. Mas sei que todos os dias que passei com ela desde que ela nasceu foram ma-ra-vi-lho-sos! Sou mais feliz com ela.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

FELIZ E TRISTE

Muito feliz porque a Alice é linda, porque cuidar dela é uma delícia e estou dedicada a isso há quase 5 meses.

Feliz porque ela está se desenvolvendo bem, as mudanças de fase tem sido prazerosas, os passeios são sempre ótimos, nossos dias são calmos, nossa casa está super gostosa.

Triste porque essa fase está no fim. Feliz porque outra fase está a caminho. Triste porque vou deixar essa paz de lado. Feliz por voltar a me dedicar ao trabalho e aos amigos.

Ansiosa pra experimentar minha nova energia. Quero mostrar logo pra ela como é bom trabalhar, que é importante se relacionar com o mundo de forma produtiva. É legal ter novidades e trazer histórias pra casa.

Mas cada sorrisão que ela dá – e são vários! – e cada barulho novo que ela faz me lembram que vou perder um pouco o compasso...

Quero que chegue logo, mas que não chegue nunca.

ODE À ALICE

Já tinham me dito que só aumenta mas sempre acho que não cabe mais. Mas cabe e continua crescendo. Cada dia que passa me sinto mais apaixonada.

Ela é demais! Dorme bem, é simpática, sorri muito, chora pouco, é gorducha, mama bem, está se desenvolvendo bem. Só tenho elogios. E é boazinha comigo, aceita bem novas experiências, novas pessoas.

Quanto mais ela cresce, mais linda e mais fofa fica; mais coisinhas ela aprende e novas dinâmicas vamos criando e ela leva tudo muuuuito bem.

Não passamos grandes sufocos pra dormir e nem durante a noite. Só usa chupeta quando ela precisa e nem acorda tão cedo. Aliás é no timing certo pro papai não perder a hora pro trabalho.

‘Em público’, amigos e desconhecidos sempre confirmam que ela é linda, boazinha, tranquila... aaai! É demais! Nem sei o que fazer com esse amor todo que transborda do coração. Não me canso de olhar pra ela. Quando ela dorme fico vendo as fotos.... Será que estou exagerando? Será que vou (ou já estou) sufocar ela? Não quero! Mas é que ela é irresistível!!!

Fico pensando que o primeiro filho é quem ensina a gente a ser mãe – boa ou nem tanto. É ele que desperta n’agente sentimentos que não conhecíamos, revelam pedaços de nós mesmos que ficavam escondidos. Nossos zelos, nossos medos, as reações, impaciências e prioridades mostram muito do que arrecadamos ao longo da vida sem perceber. Nossos pais aparecem em nós de uma forma impossível de fugir.

Nas últimas semanas tenho buscado na minha mãe os sentimentos que eu provoquei nela quando eu nasci. Ela que já tinha quase desistido! Ficava me olhando sem cansar? Ficava me cheirando? Queria me levar pra tudo o que é lugar? Só pode ter sido demais!!

O amor é realmente lindo!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

UMA AJUDINHA

Não sei se é comum. Deve ser. Tem vezes em que sinto um peso tremendo das funções de cuidar da Alice. Faço feliz da vida, dedicada, mas tem situações em que uma ajudinha adianta muito a vida. Tipo, segura ela aqui rapidinho; ou segura isso aqui dois segundos; traz o carrinho pra dentro, por favor; olha ela enquanto vou ao banheiro.

Quando estou com o Lelê espero que ele esteja disponível (sempre) pra esse tipo de ajuda. Só que ele não costuma perceber isso quando está cercado de amigos ou envolvido com alguma coisa. Ele não se recusa a ajudar, absolutamente, ajuda feliz, mas quando eu preciso, vejo ele lá longe, não consigo chamar, acabo me virando sozinha – recolhe o brinquedo; busca casaquinho; entra pra trocar fralda enquanto o churrasco corre solto sem conseguir comer; daí ela quer mamar e acaba dormindo, aí deita ela num cantinho pra poder abrir o carrinho, pega ela de volta, põe no carrinho; tira ela da fumaça do cigarro de alguém; leva ela prum canto com menos som ... enfim.

Mas tudo bem! Eu fico todos os dias com ela, curto ela de montão! Ele tb quer curtir ela de bom humor, acordadinha. Ele não se incomoda de cuidar, de limpar, dar banho, etc. Mas quando está ‘ocupado’ não se toca. Só que, uf!, dá uma cansada.

Ui! No final de tudo o carro ficou sem bateria! Não aguentei! Peguei a Alice, um taxi e fui pra casa!

domingo, 31 de outubro de 2010

MAMAR NO PEITO

AMO dar de mamar pra Alice.

A boquinha aberta encaixadinha no peito. O narizinho colado no seio. A cabecinha que se mexe de levinho. Os barulhinhos que ela faz. A respiração. A mãozinha pousada sobre o seio. O corpo do dela (aumentando...) no meu colo. O calor dela no meu ventre. Os olhinhos semicerrados. Os cílios longos. O bracinho gorducho e branquinho passando por cima do rosto. O olhar dela direto no meu – que olhos!

A pressão com que ela suga quando está com fome. O quase beijinho que ela faz quando mama meio dormindo. A virada de cabeça quando está satisfeita. As bochechas molhadas de leite. As pernocas gorduchas relaxadaças no meu colo. Os pezinhos gordinhos. O cheirinho dela.

AMO!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

MAMÃE SAIU SOZINHA

Pela 1a vez saí e deixei a Alice em casa por 2 horas com a babá.

Imaginei que ela fosse querer mamar e a ideia era mesmo testar. Orientei a Raquel – o que quer que vc decida fazer, fique tranqüila, faça com calma, ela não vai morrer de chorar. E a fome vence.

Então foi isso. Quando a Alice começou a reclamar, a Raquel tirou o leite do freezer e preparou o banho-maria. Até descongelar o leite, Alice berrou demais, ficava toda vermelha, arqueava as costas, sacudia as pernas... tadinha, pequena! Tadinha! Raquel tentou dar o leite com a mamadeira, mas não funcionou. Então tentou o copo com bico, e aí Alice mandou ver. Foi o copinho todo! Depois disso se acalmou e por fim dormiu.

Quando cheguei em casa ela estava ótima brincando no cercadinho, falando, nem sombra do ‘vendaval’ que tinham vivido. Fofaaa!! Peguei ela, apertei muito, beijei muito, rodei com ela no colo! Aí ela chorou! Hehe! E então dei o peito! Hehe! Pq não era só ela que queria mamar no peito, eu tb tava louca pra dar! Mamou 50 minutos! J

1a VIAGEM

Fomos pra Terê. Alice se comportou hiper bem, claro!, fofa. Dormiu direitinho, acordou felizinha, tudo certo. Nós é que nos enrolamos...

Subimos sábado de manhã direto pro churrasco. Na volta pra casa em Terê, o Lelê deixou a gente em casa e foi comprar comida. Só que eu subi só com a Alice, a bolsa das coisas dela ficou no carro. Ela fez um meeeega-cocô, vazou na roupa toda, não tinha nada pra trocar ela, o chuveiro ainda frio tornou o banho impossível. O jeito era rezar pro papai voltar logo. E voltou, super rápido, que bom! Nem tanto. Ele voltou pra pegar a carteira que ficou comigo, deixou o carro (com a bagagem) estacionado na padaria.

Alice sorridente com a roupinha suja, molhada e já gelada, não tinha jeito, tivemos que aguardar ele ir, comprar e voltar.

Depois de tudo encaminhado, Alice já tinha tomado um banhozinho meio de gato com água meio morna mais pra fria, fui colocar a fraldinha... heheh... xixizão escorrendo pela cama indo pro chão! Putz! Era tão simples, mó desacerto.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

ALICE SAIU SOZINHA

Hoje a Alice saiu sozinha com a babá pela 1a vez e eu fiquei em casa. Que esquisito. Me vi sozinha pra resolver minhas pendências, dar conta daquele trabalho que estou fazendo com a Nó... mas... rolou um vazio! Quando elas saíram eu me virei pra casa e me senti meio perdida. No banho, fiquei imaginando a Alice no carrinho, a caminho da Lagoa se sacudindo no passeio, relaxando até dormir, os olhinhos fechando aos pouquinhos – que é uma delícia. E o baixo bebê cheio de mães, e a Alice com a babá... na verdade tem muito mais babá do que mãe, mas neste momento o foco interfere totalmente na percepção.

A Maria, que tava em casa comigo, tb sentiu! Dps de uns 40 min que elas saíram ela me pergunta – a que horas elas voltam?; eu falei – ah! Mais uma hora, hora e meia; e ela – Mas, tudo isso!!?

Fiquei no computador me ocupando. Ufa! Chegaram!!!!

ALICE ESTÁ SENTANDO

Durante todo o 4o mês (ou seja, até completar 4 meses) Alice treinou ficar sentada, e é lindo ver a evolução. Foi ficando cada vez mais firmezinha, babando cada vez menos. Ela ainda não sabe se sentar sozinha, mas quando puxamos, bom primeiro ela dá um mega sorriso ou gargalhada – demaaais –, e depois buscamos um ponto de equilíbrio pra ela e ela fica. É mais fácil ficar sentadinha no carrinho, que tem vários apoios ao redor. Mas na cama ela fica tb. É muito fofa.

O grande divisor foi no período em que o papai viajou por 10 dias, e a Alice completou 4 meses. Quando ele foi ela ainda não conseguia se firmar de jeito nenhum. Quando voltou ela já ficava sozinha. Sempre linda, irresistível.

JOANA NASCEU

A Joana nasceu no dia do aniversário do Lucio. Incrível, né! Vendo a Alice ao lado da Joana, a diferença é enooorme! Td bem, eu sei que a Alice está super gorduchinha – 6.250 kg e 61 cm é uma boa marca J - e que ela já cresceu bastante. Mas como vejo o tempo todo, todos os dias, é difícil perceber a mudança. Mas olhando ela e olhando a Joana, meu Deus!, a Alice tb era assim super pequenininha, magrelinha, usava fralda RN. Hj olho pra fralda e ela me parece mínima, e olha que ficava grande na Alice. Acho que Alice virou P com mais de 1 mês.

Viu!? Já não lembro mais quando ela mudou de RN pra P! Tenho que anotar. Aliás, foi com 3 meses que a Alice virou M!

COISINHAS QUE ELA FAZ E QUE A GENTE VAI ESQUECENDO.

Como ela fala! A Alice experimenta a voz, dá gritinhos, chorinhos, fala, com a boca aberta, fechada, meio aberta, meio fechada, em som de ó, de ú, de á, com a garganta, com os lábios. Muito fofa!

Quando está curtindo muito alguma coisa Alice agita as perninhas e se sacode. Linda.

Agora, com 3 meses, aprendeu a brigar com o sono. Quando o sono começa a bater, Alice começa a reclamar, se deixa entreter por qualquer coisa por 3 minutos e se enche, em pouco tempo acabam as opções e aí ela começa a chorar. A chupeta às vezes resolve, mas muito às vezes. Peito é que é bom... mas é ruim pq acostuma.

Alice quer sentar. Ela ainda não tem força nas costas pra sustentar o corpo, mas adora quando puxamos ela pelo bracinho e ela vem com a cabeça, e fica sentadinha. Mas fica com as costas meio curvada e começa a babar ou a golfar – é pq como não consegue sustentar o corpo, a barriga acaba ficando meio espremida. Evito fazer muito, mas já-já ela aprende a sustentar o corpo e em seguida a sentar.

DORMIU SOZINHA II

Alice adormeceu sozinha de noite pela 2a vez – 20 de setembro. Sem grandes sofrimentos, chorou um pouquinho, mas topou o paninho e a chupeta. Esfregava o paninho no rosto e experimentou a chupeta. Chegou a acordar depois de um breve cochilo, chorou, mas a mamãe foi lá, fez carinho, insistiu na chupeta (que tinha caído da boca) e ela embarcou no sono. Linda!

Quando acabou de dormir fiquei com uma sensação esquisita... acho que me senti meio ... dispensada. Por um lado queria que ela só quisesse a mim, mas por outro fico ainda maaaais apaixonada em ver que ela, mocinha!, está aceitando dormir sozinha.

A Alice é muito fofa. Tudo bem, é minha e eu sou suspeita. Quanto mais ela cresce mais habilidades e capacidade de fazer coisas novas e sozinha ela adquire, mais apaixonada eu fico! Ao mesmo tempo dou uma sofridinha por temer deixar de ser necessária. Mãe boa mesmo é aquela que é desnecessária, que na verdade consegue dar toda a segurança pro filho se virar sozinho e saber que ela estará lá se ele precisar, só que ele não precisa.

Ops! Acordou! Ufa, ela precisa de mim J. Vou lá!

DORMIU SOZINHA

Hoje, 15 de setembro, pela primeiríssima vez a Alice dormiu sozinha J. Tão fofa, ela! Dormiu no berço, sem mamar (logicamente já estava de barriga bem cheia), sem ser no colo, sem embalar, sem a mamãe. Chorou claro.

Começou reclamandinho, como ela sempre faz, aí foi virando choro. Mamãe foi até ela, fez carinho, conversou, acalmou, deu um paninho, um travesseirinho, chupeta, varias opções de ajuda pra ela. Alice pegou todas. A chupeta, que ela não topa muito, já é uma brincadeira que ela conhece: eu botava na boquinha dela e ela tirava, mas dessa vez, ficou com a chupeta na mão. Daí eu saía. Dali há pouco ela começava a reclamar de novo. Eu dava um tempo e ia. Por um momento chegou a cochilar – o que comprovou meu palpite que o que ela estava querendo/precisando mesmo era dormir. Mas acordou meio assustadinha e aí chorou muito. Fui lá, acalmei – tudo sem tirar do berço – fiz carinho, insisti nos apoios (soninho, paninho e chupeta) e saí. Aí que ela chorou ainda mais, berrando, tadinha! Só que eu já sei que quando ela berra de sono a energia se esgota. Puf! Dormiu em seguida. Fofa!! Fofa!!!

3 MESES

Todos dizem e realmente. Com 3 meses a Alice já é definitivamente um bebê, deixou pra traz qualquer traço de recém nascida, interage totalmente com o mundo ao redor: sorri muito, fala com bichinhos, dá gritinhos, olha pras pessoas e pras coisas, procura a mamãe, responde a barulhos, pega coisas.

Eu tava vendo as fotinhos da maternidade e do 1o mês... a gente não se dá conta de como muda, como o bebê evolui e a nossa relação com ele tb. Ela era super pequeninha, toda molinha, cabeludinha. A boquinha e a pega no peito na hora de mamar; o cocô que era preto e foi ficando amarelo; a fraldinha mínima que ainda ficava grande; os primeiros banhos como ela chorava e como era difícil. Mas sempre, sempre fofa, sempre doce, receptiva, calma. Um olhar forte, penetrante. Ai! A-do-ro!

LICENÇA PARA SER MÃE

É muito intenso! Não digo intensidade de sentimento, pois isso bate muito diferente pra cada mulher. Mas me refiro a ficar todos os dias o dia inteiro dedicada a cuidar do filho. Isso gera uma relação que cresce muito e muito rápido. É como um namorado novo que vc está curtindo muito, muito; como uma viagem junto com o namorado novo, que se faz tudo junto, não se larga, dorme junto, come junto, toma banho junto... é 100% do tempo estando junto.

O rostinho, o olhar, o choro, o sorriso, o barulho, o grunido, o riso, o gesto, tudo ganha muita profundidade. Vc fica vivendo isso o tempo todo! Pra onde eu vou, levo a Alice. Acima de tudo procuro respeitar a rotininha dela, as horas das mamadas, das sonecas, banho e dormir.

Não existe nenhuma outra relação pra qual haja tanta dedicação. Por isso que muita gente pira, muita mãe se agarra no filho, muda de vida, deprime... e é uma vida que durante um bom tempo vai depender de você mas que ao mesmo tempo é de uma outra pessoa! É louco demais! Mas tb, é uma DELICIOSO DEMAIS!!!!

CRECHE

Outro item de suma importância do universo infantil é a creche. A primeira creche que fui ver foi a Acalanto, que a Dri recomendou.

Cheguei do outro lado da rua, fiquei parada olhando. Pensando... Sensação estranha. Tentei imaginar intimidade com aquela fachada, por onde se viam umas estruturas de madeira em amarelo e azul marinho, parecia brinquedo de parquinho.

Atravessei.

Parei em frente ao portão. Olhei pra campainha. Ameacei apertar, mas recuei. Por fim, acabei apertando. Veio uma moça, pedi pra conhecer a escola.

A medida em que a moça me dava as explicações, minha boca dava umas tremidas, eu estava engolindo forte o choro. Imaginava tão pequenininha a Alice já ficando lá sozinha, com outras pessoas cuidando dela, sem o conforto da mamãe. Ela nem anda, nem engatinha... tão pequenininha.

É importante mesmo fazer essas incursões com alguma antecedência. Pq a criança, na verdade, se adapta até rápido, dizem. Mas a mãe... é doído. Esse ‘desmame’ vai ser punk.

Sem referências do que é bom ou ruim, importante ou não, tem que ver várias. Não precisam ser muitas, mas tem que criar base de comparação.

Num outro dia, fui à Mimo, que é a creche onde a Aninha, filhinha da Flor, está. Fui com a Alice e a Tais com a Olívia, que são nossas novas amigas que conhecemos no baixo bebê. Desta vez fiquei mais tranqüila, não tão abalada, consegui mesmo ser mais objetiva. Mas a Tais deu uma sofridinha. É muito louco mesmo esse momento.

Acho que essa primeira visita à creche é quando o momento do ‘desmame’ dá uma concretizada, se anuncia. É ruim.

O ESQUEMA DÁ ERRO

Já tinham me alertado que os esquemas que montamos pra dar conta de filhos e trabalho dão erro e que precisamos sempre ter planos B e até C. Pois o meu acabou de dar erro, antes mesmo do trabalho voltar. Contratei uma babá-empregada para me ajudar nas coisinhas da Alice e tb dar uma força na manutenção da ordem e limpeza da casa. Além dela tenho uma outra pessoa que 3 x por semana vem pra limpar a casa e fazer comida.

Depois de apenas 1 mês, um aparente desentendimento com relação à passagem fez com que a menina desistisse da gente e preferisse o tiozinho do emprego antigo. Droga! Misto de puta e arrasada me senti abandonada. E meio incompetente tb.

Complexo isso de contar com outras pessoas pra ajudar você a dar conta da sua vida. Mais complicado ainda é quando envolve a vida que se tornou mais preciosa que a sua própria.

O que é mais importante? Ser de confiança ou morar perto? Saber cozinhar ou gostar de criança? Como orientar alguém a fazer algo que vc mesma não sabe fazer direito? Por exemplo, eu não sei passar roupa. Tb não sei cozinhar direito. Como oriento a fazer melhor? Como pedir pra limpar melhor o chão se eu mesma quando fui limpar não consegui que ficasse bom?

E a tudo isso ainda somo o contexto de vida dessas pessoas que vêm nos ajudar. Não consigo não pensar na vida delas, que enfrentam as mesmas e outras tantas dificuldades que eu, que contam com um décimo de recurso e acesso do que eu.

Enfim. Estou procurando uma babá-empregada novamente. Certamente essa primeira experiência teve sua função didática e tentarei estar mais alerta da próxima vez.

DIA DOS PAIS

Lelê é um super companheiro! E super a fim de ser papai J, chega junto pra cuidar da Alice.

Tirou férias quando ela nasceu, estava na sala de parto, troca fraldas, dá banho, me traz sempre uma garrafa de água e almofada quando estou amamentando. É hiper parceiro, estamos ‘tendo um filho’ realmente juntos, muito manero. Fez a maior diferença ele ter tirado esse mês de férias, fizeram das primeiras semanas com a Alice uma experiência em comum. Quando ele voltou a trabalhar ficou muito mais fácil pra ele se inserir na rotina de cuidar dela, pois já sabe dar banho, sabe os cuidados que temos que ter, sabe encarar a choradeira, trocar fralda.

Lelê desvendou várias reações da Alice, é super conectado a ela. E tb não se aborrece (ou pelo menos não transparece) se eu me perco contando peripécias mínimas da pequena, na verdade ao contrário, parece se interessar. É um fofo.

Isso pra mim, na verdade, me pareceu muito natural. Até que, conversando com outras amigas, descobri que não é bem a regra. Grande parte dos homens não se sente a vontade para desempenhar o papel de cuidar do filho. Repassa totalmente pra mãe ou avó ou outra mulher ao redor, e se mantem na retaguarda (muitas vezes financeira) da situação. Não costuma ter paciência para ouvir as pequenas evoluções do bebê, participa pouco da rotina da criança (alimentação, asseio, passeio, escola, descanso) e acaba aceitando o papel de coadjuvante daquele momento.

Ouvindo histórias assim, olho pro Lelê com ainda mais amor e admiração. Que bom estarmos juntos! Que bom viver essa experiência junto com ele. J.

EM CASA!! EM CASA!!

Nossa primeira noite em casa foi estranha. Dormi super mal... tudo novo e principalmente a Alice estava sozinha no quartinho dela.

DEPOIS DO TROTE, A 1A LIÇÃO - ALICE CAIU!!

Acordei com o choro da Alice, mas já fui direto olhando pro chão. Acho que eu já sabia. Ela chorando muito, deitada de costas no chão, bracinhos e pernas encolhidos tremendinho, mãozinhas abertas, chorando aos berros e me olhando... acho que vou me lembrar dessa cena por muito tempo.

Nem pensei muito. Peguei rápido a Alice no colo, sh-sh-sh-sh-sh, embalando, beijandinho, abraçando, confortando. Assim que ela se acalmou um pouco dei de mamar, ela cochilou mas logo acordou chorando novamente. Mamou mais um pouco, mas parava pra chorar. Tadinha! Um galinho na cabeça, coloquei gelo, reduziu um pouco. O Lelê estava viajando, minha sogra veio em socorro ao perceber o choro forte e um tanto constante.

Com orientação da pediatra fui ao Copa D’or pra examiná-la. Pequeninha! Entrando naquela máquina tão grande de tomografia, toda enroladinha na mantinha roxa que o papai trouxe de presente.

Graça a D’s tudo bem com ela! Foi só um grande susto. Alice e todos os próximos ficarão para sempre amarrados em seus carrinhos e cadeirinhas.

Eu repasso a história pra alertar e ajudar outras e futuras mamães: Acreditem! Amarre o cinto no bebê, ele cai de um modo que não podemos imaginar! Aconteceu com a Flor antes e isso me deu alguma calma na hora.

BAIXO BEBÊ

‘Item’ imprescindível do universo maternidade são as pracinhas e parquinhos que concentram bebês, criancinhas, mamães e babás.

Toda vez que vou ao baixo bebê da Lagoa não consigo não prestar atenção na profusão de babás de branco brincando, ninando, beijando e ‘chamegando’ os nenéns fofinhos. Fico pensando nas mães e pais que devem estar se dedicando às suas rotinas de trabalho e atividades diárias e que delegam, além das funções básicas de trocas, banhos e passeios, esses momentos preciosos e tão únicos na vida...


Que complicado...

Acho que esse momento de licença maternidade (o tempo que for) impõe uma pausa no ritmo de vida de qualquer mulher. Pra algumas marca uma total mudança de rumo; pra outras se torna uma recarga de energia nova; pra outras um mundo de novas ansiedades... Acho que tb devem existir aquelas que encaram o momento de forma mais burocrática, cumprindo papéis e rituais que ‘prontos’ para se ter uma família.

Pra mim, está sendo uma pausa e tanto! Nunca tive tanto tempo pra pensar... Poder cuidar da Alice e ver ela crescer, aprender, engordar está sendo incrível. Nunca tinha realmente imaginado como seria e estou sendo muito bem surpreendida. Ela é um doce, muito mais linda do que jamais sonhei, mais boazinha do que sugerem as experiências de amigas, e está me trazendo uma alegria, uma paz, que só pode se chamar FELICIDADE.

EASY – NÃO É NAAAADA FÁCIL

Essa droga dessa ‘Encantadora de Bebês’ é uma desgraça. Lendo, parece Easy mesmo, só que o bebê não leu... ele não segue esse plano. Como ele vai saber que depois de mamar não é pra dormir. Minha Alice sempre dorme depois de mamar e quer mamar sempre que acorda. Ou seja ela acorda, mama, dorme, acorda, mama, dorme. Qualquer atividade que eu tente inserir entre o mamar e dormir, gera um novo mamá pra relaxar e então dormir. E depois de mamar a bichinha capota! Tento sacudir, tiro a roupa... nada.

Será que já estou regrando demais um bebê de apenas 14 dias. Será que essa minha conclusão não será precipitada demais? Ainda não dá pra ter um padrão... ou dá?

Não sei.. só sei que agora são quase 16h e ela está dormindo há 2 horas. Se eu deixar ela se estender demais, teremos mais uma noite difícil... vou acordá-la agora!!

O 1o TROTE

Foi no 2o dia em casa que a Alice resolveu dar uma leve dica pra mamãe dos cuidados que precisamos aprender a ter.

Trocar fraldas é algo que rapidamente aprende-se a fazer. Com ou sem jeito, rápido ou devagar, tem que fazer. Então, eu ainda estreante, trocando a fraldinha mínima, já tudo limpo, antes que eu pegasse a fralda nova, Alice mostrou que trocar fraldas pode ser mais complexo do que se imagina J. Sujou todo o paninho e a toalha que estavam embaixo dela, o trocador e tb o chão. Fui suspendendo mais as perninhas, e o cocô ia escorrendo pras costas!! Ai meu deus, tá virando banho! Não!! Ainda não sei essa parte!

Como resultado a mamãe aprendeu a colocar uma fraldinha nova embaixo da fralda suja antes de começar a troca. J