quinta-feira, 9 de junho de 2011

HÁ 365 DIAS...

... acordei ás 5h da manhã com cólicas. Passava e voltava. Fiquei até as 7h tentando dormir, até ligar pro médico. Remédio nenhum fez efeito, e já passavam das 9h quando saí com a sogra pro hospital. Lá, fui examinada e atestada: “Você está em trabalho de parto”, “É hoje!?”, “É!”.

No auge da dor, por volta do meio dia, amigas do trabalho ligaram com saudade da minha companhia no almoço. Souberam da novidade em primeiríssima mão: “estou no hospital, é hoje!”.

Todos aqueles procedimentos pré-parto, e a dor vindo e indo. Alice ia nascer! Como seria ela?

Foram várias horas na sala de pré-parto, com aquele aventalzinho aberto atrás. Meio vergonha... Eu estava cheia de troços presos em mim. Quando o Lelê apareceu vestido de médico demorei a reconhecer, até encarar aquele olhar, que só ele tem. Me apaixonei de novo e fiquei feliz de estar ali com ele. Feliz dele estar ali comigo.

Tinha a Ana Paula vestida de médica. Fernandinha vestida de médica. Dani Gold vestido de médico. Todos de touquinhas. Quantos amigos! Que privilégio!

De hora em hora eu era examinada, e acabei me convencendo de que não valia mais a pena esperar a dilatação... já tinha se passado muito tempo. 

Na sala de cirurgia, me senti bem tranquila. Lembro da sensação esquisita de não mexer o corpo, do cuidado que a anestesista teve em me dizer o tempo todo que tudo estava indo bem. De repente senti meu corpo sacudir. Percebi que era o momento. Meio sonada, forçava a atenção, mas não sabia exatamente o que ia acontecer, até que ... o choro! Meu Deus! Aquele chorinho, baixinho, lá na esquerda... Nenhum choro de bebê nunca me disse nada! Mas aquele choro era pra mim, estava falando comigo! Agora era real, Alice era de verdade.

Nossa primeira noite juntos... era muita coisa ao mesmo tempo - segurar ela no colo; apoiá-la pra mamar, cheguei a ficar com os braços e a nuca doloridos de não me mexer. Nosso momento 'enfim sós' durou a madrugada inteira, ficamos direto praticamente sem dormir, os três. Eu e Lelê não conseguíamos parar de olhar pr'aquela bonequinha que se mexia, emitia sons mínimos, abria a boca, piscava os olhos e alimentava nossa ansiedade por conhecê-la. 


1 ano depois, Alice está cada vez mais linda e nós cada vez mais apaixonados. Acho que o mundo fica melhor quando a gente ama. Nós então estamos plantando um mundo muito melhor :) FELIZ ANIVERSÁRIO, ALICE. 

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A NOITE EM QUE TUDO ACONTECEU

Na mesma noite em que nos aventuramos a sair pra jantar pela 2a vez desde que a Alice nasceu (na 1a eu ainda estava de licença), fomos parar no Copa Dor de madrugada e terminamos a manhã na pediatra.

A profusão de sentimentos e emoções que essas 18 horas me provocaram foi gigantesca. Haja paciência pra tanta DR... Acho que passei o resto do dia meio muda. Se falasse mais, chorava.
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Eram 17h quando o Lelê ligou pra falar do convite que recebemos para o Sushi Leblon. Prometia ser rápido e interessante, boa companhia, bom programa. Eu já ia engrenar meu discurso de que não dá, estava muito em cima, não tinha com quem deixar a Alice... mas já tinha feito isso outras 2 ou 3 vezes antes. Consegui perceber a tempo que tinha que tentar dar uma chance pro programa. Tia Keka e as primas se amarraram na ideia de cuidar da Alice enquanto saíamos e foi o que fizemos.

Então, percebi uma outra coisa mais importante. Percebi que não é que eu não consigo sair ou fazer outras coisas; no fundo, eu não quero. Nunca tento esquema nenhum, assumo que não dá e pronto. Rebato qualquer proposta e ainda reclamo que não tenho tempo pra nada.

Que bom que fomos. O jantar estava uma delícia, o papo também, tomei uns saquezinhos pra relaxar... foi ótimo mesmo. Mas respirei aliviada quando pedimos a conta. Não via a hora de pegar a Alice de volta. Que sensação mais doida... por que isso?

Deu tudo certo, ela ficou bem, brincou a beça com as primas e quando cansou pediu pra dormir. Pegamos ela por volta da meia noite dormindo profundamente. Mas quando chegamos em casa, Alice acordou com uma espécie de “tosse de cachorro”. A pediatra orientou que aquilo era uma laringite e que se ela estivesse com dificuldade de respirar devíamos levá-la à emergência e que de qualquer forma queria vê-la pela manhã no consultório. Alice dormiu e acordou umas 2 vezes, até decidirmos seguir pra emergência. Na emergência, ela foi medicada, fez uns 40 min de nebulização e fomos liberados.

Quando enfim dormimos, eram quase 5h da manhã, estávamos exaustos e eu ainda tinha saquê na cabeça. ui. As 7h comecei a me arrumar e arrumar a Alice para irmos à pediatra. Enquanto ia ao banheiro, pedi ‘Lelê, olha ela mamando aí na cama. Vou ao banheiro’. Só ouvi o barulho – Póh!! Quando olhei, Alice estatelada de costas no chão chorando. Gritei muito! “P... presta atenção!!!”


Enfim, passou tudo e tudo ficou bem. Do susto geral ficaram várias lições. Uma, é que é possível arrumar meios para sairmos sozinhos e é importante fazer isso. É bom pra todo mundo! A outra é que os eventos não tiveram relação. Não foi o fato de termos deixado ela dormir fora de casa que provocou a laringite. Mas, ô coincidência desgraçada, eu no maior esforço de deixar ela com alguém e ela fica doente... Mas é isso! Com o tempo novas situações vão se apresentando e novos entendimentos vão sendo construídos. O importante é estar atenta e pronta pra mudar. Pronta pra mudar!

sábado, 14 de maio de 2011

ENGATINHANDO


O tempo passa rápido, daqui há pouco Alice faz 1 ano e o ritmo de coisas novas que ela aprende ou gosta é intenso, todo dia é uma oportunidade de ampliar o repertório de habilidades.

Tem mais de um mês que Alice aprendeu a se arrastar pelo chão. Nesse ponto as aulinhas de psicomotricidade ajudaram demais, a cada aula ela volta com uma habilidade nova ou melhor desenvolvida. E assim, aos pouquinhos, ela foi aprendendo a erguer o bumbum enquanto se arrasta e a usar as duas pernas pra se impulsionar. Há duas semanas ela conseguiu juntar todos os pedacinhos de movimento e começou a engatinhar!

Agora Alice está percebendo que pode se virar sozinha, fica um pouco mais ‘independente’. Sentada no tapetinho, se põe a engatinhar até um brinquedo, senta na frente dele pra brincar, depois se direciona para o sofá, se puxa pra ficar em pé, vai andando apoiada até alcançar o controle remoto, pega o controle e senta no chão. Larga o controle e vai engatinhando na direção de uma formiga. Senta porque achou outra coisa no meio do caminho... E lá vai ela. 

A parte boa dessa fase é que como ela ainda não anda, eu ainda controlo aonde ela circula e consigo deixar ela num canto pra fazer minhas coisas (tomar banho, por exemplo).  Por outro lado, me toquei que estou atrasada pra colocar grades nas escadas. Tenho que resolver isso logo! Antes dela começar a andar sozinha. 

FRIO


Há muito tempo ouvi uma frase que de cara fez sentido muito antes da Alice nascer. “Casaco é aquilo que a gente veste quando a nossa mãe sente frio”.

Hoje vejo isso o tempo todo! Eu e Alice temos temperaturas realmente diferentes.

Na 6a feira, o dia foi inteiro de chuva, nem fomos à natação, estava friozinho, muito úmido, até gostoso – pra referência, estamos falando de 18o C a 20o C. À noite coloquei a Alice pra dormir com calça e manguinha comprida.

Tadinha! O quarto fechado já estava meio abafado. Antes de dormir, Alice tomou um banho quentinho. Quando acabou de mamar, a bichinha transpirava!!!! Resolvi deixar assim; apostei que ao longo da noite a temperatura ia cair mais e ela estaria agasalhada.

De manhã, quando fui pegar a Alice, ela tinha tirado a calça! Perninhas frias, mas bem. Eu nunca ia ficar de pernas fora do lençol. Temos temperaturas realmente diferentes.

domingo, 1 de maio de 2011

DENTINHOS A MOSTRA :)

Demorou. Alice já tem 10 meses, as gengivas estão inchadas há umas quatro semanas. Enfim, o branquinho saiu! 


Alice agora cultiva um sorriso ainda mais lindo com predacinhos de dentinhos em cima e embaixo, e experimenta morder tudo, coisas, comidas, pessoas :) Delícia!

COISINHAS QUE ELA GOSTA

É tão bonitinho perceber as preferências da Alice.

Alice adora manga e adora suquinho de laranja lima, estala a língua quando come. Alice adora comer de modo geral e está sempre disposta a provar as comidinhas. Durante as refeições, fica balançando as pernocas. Quando para de balançar, é sinal de que está satisfeita e se deixa interessar por outras coisas a sua volta.

Atualmente ela adora brincar de colocar e tirar. A caixa de saches de adoçante, ela adora tirar os saquinhos e colocar de volta. Adora qualquer caixa de onde possa colocar e tirar coisas. Gosta muito mais de brincar com o que não é brinquedo: controle remoto, celular, tupperware, sapato, cinto, porta copo. Papel! Adora papel! Sempre puxa um pra si e já peguei vários no cocô.

Alice adora conversa, seja com ela ou ao redor dela. Rodinha de pessoas batendo papo é o que há! E é impressionante como ela entende quando estamos falando dela! Ela ri, se agita, como querendo mostrar que está ali.

Mas a preferência mais gostosa dela, haha, é a mamãe! J Mesmo falando papai antes de falar mamãe, é pra mim que a maior parte dos sorrisos se direcionam(e são vários). Costumo dizer que mãe atrapalha, porque desvia o foco da criança. E eu atrapalho muito JJ.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

PARAMOS DE MAMAR

A amamentação acabou. Alice, snif!, não mama mais no peito.


Ela estava mamando 1 vez por dia só. De manhã. E não estava sustentando mesmo, não devia estar saindo nada. Por isso ela mamava com tanta força, por isso me machucava tanto. Por isso ela estava tão comilona e tão faminta. Na 6a feira passada, antes de irmos à pediatra - que então me orientou a dar o complemento ao invés do peito - a frutinha da manhã da Alice foi de 3 bananas. Três bananas!! Até pra um adulto 3 bananas é demais. E ela comeu pedindo mais, está batendo pratos enormes, mas engordando muito pouquinho.

Tristinha, parei. Dei o mamá derradeiro na 6a feira mesmo antes dela dormir, só pra eu curtir, e pronto. Fim. 


Mas tranqüilo. Alice está super bem tomando a fórmula, se adaptando bonitinha à vida sem o peito. Está dormindo melhor, mais rápido, está, sem dúvida, mais saciada. Eu é que ainda estou me acostumando. Sem dar de mamar, posso beber, posso exagerar no doce,  posso não beber água, posso ficar sem comer, posso fumar... nem fumo. Estou meio melancólica, olho os copos de chopp por aí e percebo que perdi minha orgulhosa e deliciosa desculpa de não posso porque estou amamentando. Não estou mais. Deixei de ser especial, voltei a ser qualquer uma... só que enrolada, ocupada e cansada. 


É muito doido, porque desde que engravidei não posso um monte de coisa e agora não tenho mais restrições. Tudo o que eu quiser ou não é exclusivamente por mim.


Estou olhando o lado bom. É uma nova fase, em que ela começa a ficar mais independente de mim; a partir de agora qualquer um pode cuidar dela. O Lelê pode dar leite quando ela acorda de manhã e também pode sozinho colocar ela pra dormir. As vovós também podem. E as titias também. E essa independência deve se refletir no comportamento dela de alguma forma, vamos aguardar. Bem, por ora ainda sou eu mesmo, eu que faço o leitinho de noite e de manhã, eu que acordo e ponho ela pra dormir. Leva um tempo pra nos habituarmos; todos nós. 

Acho que esse é o primeiro grande ‘corte do cordão’... mas estamos muito, muito bem.