Tenho andado admirada com a gincana sem fim que sinto estar enfrentando desde que voltei a trabalhar. Cuidar da Alice é uma delícia,
olhar pra ela é sublime, estar com ela é o melhor momento do dia, mas confesso que a parte da função cansa e é non-stop.
Mãe é um ser de eterna atitude, não dá pra enrolar, preguiçar ou dormir mais 5 minutinhos. Se você não se mexer, não agir, não produzir, o bebê fica ali, refém – tem que comprar a comidinha, tem que esquentar a comidinha (se não estiver pronta, ‘bora cozinhar!), tem que montar e desmontar o cenário da comida, tem que limpar tudo, tem que dar banho, tem que levar pra passear, tem que botar pra dormir, tem que trocar a fralda, tem que levar pra natação, tem que separar as coisas pra praia ser divertida, tem que arrumar as coisas pro parquinho ser legal, tem que passar o repelente, tem trocar a roupinha molhada, tem que pedir pra alguém segurar enquanto você come... ‘tem que’ o tempo todo.
Dei uma checada com outras mães, afinal, elas devem ter dicas... Absolutamente TODAS as mães encaram verdadeiras maratonas pra conciliar as demandas dos filhos com os compromissos da própria vida.
E costuma ser pra mãe que pesa mesmo. É a mãe que inclui na sua rotina a rotina da criança, é quem tá no controle do que comeu e a que horas, se está limpinha, se está com calor ou com frio, se tomou banho, se passou o remédio, é quem marca e vai ao pediatra, sabe quando e aonde passeia, quanto cocô fez, se chorou, se ficou de bruços, se ficou em pé...
“O que a gente fazia antes? A gente dormia! Não fazia nada antes de ter filho” disse uma amiga. Uma outra contou a vez em que um dos gêmeos ficou com o pai enquanto ia com o outro ao pediatra. Em casa, o pai não sabia porque o filho não parava de choramingar, devia estar sentindo falta da mãe. Mas não se lembrou de oferecer comida pra criança.
Por isso que tem pai que não entende porque o filho é tão grudado na mãe. E é lógico que tem mãe que se ressente porque ainda assim a filha idolatra o pai... A minha, por enquanto
me quer antes de qualquer um. hihihihi. Adoro! Mas é isso. Acaba sendo comigo mesmo que as coisas se resolvem, muitas vezes é o meu colo que para o choro, é o meu peito que acalma a dorzinha da vacina, é a minha presença que relaxa a brincadeira.
Aí, a mãe não consegue ver o jornal, não consegue ler um livro (aliás, estou tentando um! é curtinho), acaba dormindo sem jantar, não toma café direito...
É que a mamãe, com o coração CHEIO para tudo por esses pequenos, lindos e amados seres.