terça-feira, 30 de novembro de 2010

DORMIR É MUITO DIFICIL‏

Por que será que dormir é tão difícil? Dormir é tão bom, descansa o corpo e a mente, recarrega a energia. É só fechar o olho, relaxar o corpo e tudo acontece sozinho.

Pois é, mas a Alice ainda não aprendeu essa parte e fazê-la dormir à noite está ficando cada dia mais difícil. O auge foi neste final de semana.

No sábado, vovô Tutu e vovó Pié vieram ficar com a Alice para irmos ao casamento da Fê – lindíssimo, por sinal. Nem me estendi muito nas orientações para mamadas ou como fazer a Alice pegar no sono porque depois que ela dorme, lá pras 21h30/22h, não acorda.

Só que...

De volta da festa, tipo 1h30 da manhã, descobrimos que não foi bem assim. Alice acordou 15 minutos depois que saímos. Vovó tentou colinho, chupeta, musiquinha e Alice, já rouca, aos berros, não topava nada. Vovó chegou fazê-la dormir umas 2 vezes antes do Vovô descongelar o leite. Só quando o leite acabou, a vovó conseguiu dar a chupeta, ficou com ela no colo por uns 15-20 minutos e então, pouco depois da meia noite, ela enfim dormiu. De manhã acordou linda, plácida, sorridente como se nada tivesse sido diferente.

No domingo, depois de um dia inteiro na rua dormir tb foi uma dificuldade! Resumindo bastante, ela só dormiu 1h30 da manhã depois de dormir e acordar umas 4 ou 5 vezes e ter sido deixada chorando por vários minutos, numa tentativa (frustrada) de que dormisse sem ser no peito, uma vez que o problema dela não era fome.

Coitadinha! Coitadinhas de nós. Ela chorava de olhos fechados, sem conseguir relaxar. Eu num determinado momento fiquei um pouco impaciente com a ‘reincidência’ dela e com aquela choradeira toda.

Não sei o que estará incomodando ela. Pode ser uma reação tardia à minha volta ao trabalho. Pode ser alguma ansiedade minha em que ela durma logo, então não dou o tempo que ela precisa pra relaxar. Pode ser ela que está crescendo e se interessando mais pelo mundo ao redor e não quer se desligar. Pode ser tudo isso junto...

Enfim, é a tal mudança de fase né. Outras mudanças acontecem junto não só as que a gente quer ou controla. Semana que vem começaremos com comidinha e eu estou louca pra brincar de dar comidinha. Mas tenho que ficar ligada nessa nova mudança, que pode gerar outras mudanças mais difícies ou menos tranqüilas.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

TIRADENTES

A melhor coisa que fizemos foi ir pra Tiradentes no feriado. A viagem foi delícia, Tiradentes é uma graça – recomendadíssimo, aliás – e a Alice se comportou maravilhosamente.

Minha última semana da licença passou tranquila, fiquei na boa, como se nada fosse mudar. Mas na 6a feira, o tempo entre a babá ir embora e o Lelê chegar em casa (o que durou umas 2 ou 3 horas) bateu uma angústia, uma tristezinha, choreeei... olhava minha boneca sorrir e não conseguia me desapegar do drama ‘nunca mais vai ser assim’.

Então, sair do Rio, sair de casa, se livrar da rotina doméstica, não preparar a volta pro trabalho foi ótimo! Continuei na minha paz, dedicada integralmente a Alice, até o último momento da licença J.


DORMIU CEDO

Hj a Alice dormiu cedaço, me pegou de surpresa. Mamou umas 19h40, imaginei que dps disso fosse dar banho, brincar um pouquinho, e então a mamada derradeira pra dormir.

Que nada! Mamou 20 minutos e dormiu. Achei que fosse um cochilinho, mas, rapaz, a bichinha apagou total. Dps de mais uns 15 minutos no meu colo, resolvi levá-la pro berço, certa de que acordaria com o movimento. Nem fui muito cuidadosa. Nada! Fui eu tomar banho – ela SEMPRE acorda quando resolvo tomar banho dps dela dormir. Nada!

Fiquei meio perdida, sem saber muito o que fazer... esse negócio de rotina é forte! Entrei no quarto umas 4 vezes pra ver se ela acordava, mas foi isso mesmo. Ela ainda despertou umas 23:30, mamou quase dormindo, e voltou a dormir. Só acordou as 7h30 da manhã (ela costuma acordar umas 6h). Dorminhoca linda J.

DE VOLTA AO TRABALHO – A 1a SEMANA

Chegou a hora. É uma nova fase, à qual é importante se dedicar, se preparar e encarar. Não queria não... mas, enfim não tinha jeito. Chegou e acho que nos saímos muito bem apesar de não ter tido junto o Lelê que viajou a semana toda.

Fui super bem recebida no trabalho, o que me fez sentir que sou querida e isso foi muito legal. O escritório está em novo endereço, o que tb ajudou a não dar a sensação de retorno ao calvário.

Consegui ficar realmente tranqüila, liguei pra casa apenas 1 vez por dia, pouco antes de ir embora, e consegui um cantinho pra tirar leite mais a vontade.

Ao chegar em casa, a Alice estava sempre ótima e me recebia sorridente como ela é, a vontade no espacinho dela. Ai, que alívio ver ela bem. Acho que consegui criar um circulo virtuoso, eu estava na boa, então ela ficou tranqüila, ver ela tranqüila me deixou bem e confiante, o que fez com que ela continuasse bem tb... Bom isso né.

Agora é assim. Acompanho a pequena pelo diário que a babá faz pra eu ver no fim do dia, o quanto ela mamou, o quanto dormiu, quando saiu, se rolou, se brincou, se riu, se chorou, quem encontrou. Rsrs. É meio tosco, mas funciona super.

O duro mesmo é que perceber que o tempo está escaaaaasso! Mesmo o blog, que estou curtindo fazer, fica bem capenga. Ou escrevo ou tomo banho. Ou vejo jornal ou entro na internet. Ou tiro leite ou janto. Tenho que escolher o que vou querer fazer de noite, se inventar de fazer tudo vou dormir 1h da manhã, daí falta hora de sono.

As manhãs tb são uma maratona. Se não me levanto logo, não dou conta de dar de mamar, tirar leite, tomar banho, tomar café (ler jornal já nem tento), me arrumar (demora mais do que parece...) e, o mais importante, estar com a Alice.

De repente quando eu parar de tirar leite (aliás nem sei quando é isso...) deve aliviar, pq tirar leite toma muito tempo, de 2 a 3x por dia. Mas, pensando bem, a Alice já vai começar a comer e aí deve piorar um pouco, porque o tempo passa a ser o dela.

Ai. É isso né, tá no pacote! Ainda bem que o meu pacote é lindo, fofo e cheiroso!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

150 DIAS COM ELA

A licença chegou ao fim. Passou rápido, mas muita coisa passou... quando olho pra trás, lembro de quantas coisas aconteceram, quantos momentos diferentes vivemos e como foram (e continuam sendo) todos bons, por mais difíceis que alguns pudessem parecer.

A 1a noite com a Alice... ainda no hospital... tudo tão novo, ela tão pequenininha, enrolada na mantinha, passamos uma noite vaga-lume, cochilando e despertando ao mínimo gemido vindo daquele bercinho de laterais de plástico. Olhávamos pra ela o tempo todo. O Lelê recebia as enfermeiras de cueca, pq não lembramos de levar roupa pra ele.

Teve a Copa do mundo. Fantasiamos a Alice de Brasil num body gigante praquelas perninhas magrelas. O Lelê ainda estava de férias, ficava se revezando entre a obra e os jogos, que tinham todos os dias.

Os quase 2 meses com a Alice na casa dos sogros. As choradeiras de fim de tarde e as da madruga que tentávamos abafar pra não atrapalhar demais o sono da vovó e do vovô. As longas e várias mamadas, a demora pra aliviar a barriguinha e arrotar, o carrinho que era onde ela dormia parecia enorme pra ela. Teve o tombo, que foi horrível e que trouxe o berço portátil em seguida.

A mudança pra casa nova, o cheiro de obra que a casa ainda tinha. A cabecinha da Alice ficando durinha, ela aprendendo a pegar – muito fofa! –, as roupinhas ficando pequenas, os dias e noites frios que passamos, os barulhinhos e gargalhadas ficando cada vez mais altos e mais elaborados – uma delícia. Ela aprendendo a sentar e agora aprende a ficar em pé.

Enfim... inúmeros momentos. Não me lembro de todos os detalhes, todos dizem que a gente esquece, e eu reitero, esquece mesmo. Mas sei que todos os dias que passei com ela desde que ela nasceu foram ma-ra-vi-lho-sos! Sou mais feliz com ela.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

FELIZ E TRISTE

Muito feliz porque a Alice é linda, porque cuidar dela é uma delícia e estou dedicada a isso há quase 5 meses.

Feliz porque ela está se desenvolvendo bem, as mudanças de fase tem sido prazerosas, os passeios são sempre ótimos, nossos dias são calmos, nossa casa está super gostosa.

Triste porque essa fase está no fim. Feliz porque outra fase está a caminho. Triste porque vou deixar essa paz de lado. Feliz por voltar a me dedicar ao trabalho e aos amigos.

Ansiosa pra experimentar minha nova energia. Quero mostrar logo pra ela como é bom trabalhar, que é importante se relacionar com o mundo de forma produtiva. É legal ter novidades e trazer histórias pra casa.

Mas cada sorrisão que ela dá – e são vários! – e cada barulho novo que ela faz me lembram que vou perder um pouco o compasso...

Quero que chegue logo, mas que não chegue nunca.

ODE À ALICE

Já tinham me dito que só aumenta mas sempre acho que não cabe mais. Mas cabe e continua crescendo. Cada dia que passa me sinto mais apaixonada.

Ela é demais! Dorme bem, é simpática, sorri muito, chora pouco, é gorducha, mama bem, está se desenvolvendo bem. Só tenho elogios. E é boazinha comigo, aceita bem novas experiências, novas pessoas.

Quanto mais ela cresce, mais linda e mais fofa fica; mais coisinhas ela aprende e novas dinâmicas vamos criando e ela leva tudo muuuuito bem.

Não passamos grandes sufocos pra dormir e nem durante a noite. Só usa chupeta quando ela precisa e nem acorda tão cedo. Aliás é no timing certo pro papai não perder a hora pro trabalho.

‘Em público’, amigos e desconhecidos sempre confirmam que ela é linda, boazinha, tranquila... aaai! É demais! Nem sei o que fazer com esse amor todo que transborda do coração. Não me canso de olhar pra ela. Quando ela dorme fico vendo as fotos.... Será que estou exagerando? Será que vou (ou já estou) sufocar ela? Não quero! Mas é que ela é irresistível!!!

Fico pensando que o primeiro filho é quem ensina a gente a ser mãe – boa ou nem tanto. É ele que desperta n’agente sentimentos que não conhecíamos, revelam pedaços de nós mesmos que ficavam escondidos. Nossos zelos, nossos medos, as reações, impaciências e prioridades mostram muito do que arrecadamos ao longo da vida sem perceber. Nossos pais aparecem em nós de uma forma impossível de fugir.

Nas últimas semanas tenho buscado na minha mãe os sentimentos que eu provoquei nela quando eu nasci. Ela que já tinha quase desistido! Ficava me olhando sem cansar? Ficava me cheirando? Queria me levar pra tudo o que é lugar? Só pode ter sido demais!!

O amor é realmente lindo!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

UMA AJUDINHA

Não sei se é comum. Deve ser. Tem vezes em que sinto um peso tremendo das funções de cuidar da Alice. Faço feliz da vida, dedicada, mas tem situações em que uma ajudinha adianta muito a vida. Tipo, segura ela aqui rapidinho; ou segura isso aqui dois segundos; traz o carrinho pra dentro, por favor; olha ela enquanto vou ao banheiro.

Quando estou com o Lelê espero que ele esteja disponível (sempre) pra esse tipo de ajuda. Só que ele não costuma perceber isso quando está cercado de amigos ou envolvido com alguma coisa. Ele não se recusa a ajudar, absolutamente, ajuda feliz, mas quando eu preciso, vejo ele lá longe, não consigo chamar, acabo me virando sozinha – recolhe o brinquedo; busca casaquinho; entra pra trocar fralda enquanto o churrasco corre solto sem conseguir comer; daí ela quer mamar e acaba dormindo, aí deita ela num cantinho pra poder abrir o carrinho, pega ela de volta, põe no carrinho; tira ela da fumaça do cigarro de alguém; leva ela prum canto com menos som ... enfim.

Mas tudo bem! Eu fico todos os dias com ela, curto ela de montão! Ele tb quer curtir ela de bom humor, acordadinha. Ele não se incomoda de cuidar, de limpar, dar banho, etc. Mas quando está ‘ocupado’ não se toca. Só que, uf!, dá uma cansada.

Ui! No final de tudo o carro ficou sem bateria! Não aguentei! Peguei a Alice, um taxi e fui pra casa!