terça-feira, 25 de janeiro de 2011

PRAIA DESPERPARADA

Mamãe levou Alice à praia pela 1ª vez. Fora uma certa atolação, foi uma delícia. Ela amou! Não estranhou nada a areia, adorou ver aquele ambiente cheio de gente circulando, os vendedores carregados de troços. Alice dava gritinhos, falava alto, sorria pra todo mundo e, como não poderia ser diferente, as pessoas ao redor sorriam de volta pra ela.

Agora, os bastidores do evento... O tanto de coisa que tem que levar e arrumar pra uma horinha, duas no máximo, de praia agradável e confortável é enorme. Nesta primeira vez a Gi foi com o Theozinho e deu as dicas. Então percebi quão despreparada eu estava. Não levei nenhuma toalha, nem nada parecido com baldinho, a ‘boa’ é alugar uma piscininha (quando chegamos já não tinham mais disponíveis) e 2 barracas – uma pra gente e outra pra piscina. É importante ter brinquedinhos próprios pra praia e que não vão ficar circulando em casa.

O sol e o calor estavam fortes, mesmo às 9h da manhã, e a Alice estava toda encapotada. Mas sem a fralda de piscinha (despreparada!) nem me animei a colocá-la no mar... É pois é, fomos a praia e ela nem entrou no mar. Sacanagem né? Confesso que fiquei com preguiça da trabalheira que ia ser levar ela no mar, sem a tal fralda e depois sem toalha pra enxugar. E aí eu sozinha pra carregar tudo sem deixar a Alice à milanesa. O que rolou foi uma mangueirinha no final pra refrescar e tirar mais ou menos a areia. Mais ou menos. O carrinho dela está com areia até agora. Ah! O carrinho até é dispensável, mas como eu estava sozinha, fez diferença.

Semana que vem me aventuro de novo! Então estarei melhor preparada e quem sabe com companhia :). Eu juro que é IMPERDÍVEL.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

COISINHAS QUE A GENTE ESQUECE – 3

Alice treinando ficar em pé rebola o bumbum gorducho de fralda numa dança deliciosa buscando o equilíbrio.

Ela já fala: dá-dá-dá-dáá, dé-dé-dé-déé.

Alice tem a mania de fazer como se a cabeça ‘despencasse’ pra frente. É meio estranho, mas é engraçado, não sei porque ela faz isso nem o que significa.

Outra coisa fofa. Alice faz biquinho com a boca o tempo todo, tanto que chega a assoviar.... rsrs

NATAÇÃO!!!

Alice entrou na natação! Fofa demais! Maiô e roupão! Não aguento!! Olha tudo ao redor, que é bem colorido, olha pras pessoas, olha pra professora. Solta vários ‘aaaa’ de entonações diferentes. Encarou super bem os primeiros mergulhos na água, realmente parece adorar, agita as perninhas, bate as mãos na água, experimenta feliz as brincadeiras que a professora propõe.

O resultado tem sido 2; pelo menos até agora. 1, é que ela fica EXAUSTA! Tanto no primeiro como no 2º dia de aula, Alice dormiu pra caramba (mas, não, não aliviou a noite...). E o 2º é que esses 2 dias já estimularam ela muito a ficar de bruços e exercitar a força nos bracinhos e nas perninhas. Agora ela fica de bruços muito mais tranqüila e, como na aulinha, se encoraja a buscar objetos fora de alcance.

A parte prática da história é que pra isso funcionar é preciso uma organização mooonstra da vida. Pra estar com ela às 8h da manhã na piscina, tenho que deixar tudo pronto na noite anterior: maiô, fraldinha e roupão separados; bolsa com fralda, toalha, pente e roupinha pra ela; meu maiô e short separados; uma bolsa com toda a minha roupa pro trabalho, toalha e coisas de banho, maquiagem, assessórios e sapato; e a bolsa com as coisas do dia-a-dia. De manhã dou mamá, troco ela, me visto, como algo rápido e saio. Sem pensar! No final da aula, às 8h30, a babá me encontra lá e dá uma assistência na arrumação da Alice enquanto eu me arrumo. Dali vou direto pro trabalho e elas seguem pra casa. Ufa! Chego no trabalho sonadaça! Haja maquiagem, desconfio até que tenho exagerado na base... das duas vezes me vi com a cara branca no elevador do trabalho.

ALICE SORRIDENTE

Alice é super comunicativa. Olha pra tudo com o maior interesse, sorri para todo mundo e toda fofinha atrai as pessoas até ela. As pessoas, conhecidas ou não, falam com ela, sorriem pra ela, fazem festinha, apontam. É incrível. No réveillon fez o maior sucesso. Ia no colo de um monte de gente, as moças da cozinha disputavam com as crianças quem pegava ela primeiro. E ela amou essa paparicação toda!

Uma vez, minha mãe me aguardava com ela em frente ao Rio Sul e ela sorria pra todo mundo que passava e que parava pra ‘falar’ com ela.

No FDS passado, num restaurante, eu andava pela área externa com ela no colo e as pessoas se cutucavam apontando. Ela retribuía com lindos sorrisos sem dentes, as pessoas se derretiam. Até beijinho no pé ganhou.

Acho que isso tb tem a ver com a forma como eu ou quem está com ela reage a esse ‘assédio’. Eu não inibo, se alguém sorri ou comenta, eu sorrio de volta. Isso dá certa abertura pr’as pessoas se aproximarem. Com o Lelê os desconhecidos não se aproximam muito não.

Anyway, o fato é que a Alice está me saindo hiper sociável – puxou ao pai, né. Na natação, adorou! Na festinha do Breno ficou encantada com todas aquelas crianças, todas aquelas pessoas, as cores, a música. Fico me perguntando se não valeria a pena eu proporcionar mais momentos estimulantes pra ela. Estou avaliando... porque, haja organização da vida pra encaixar tudo o que a gente quer...

BAIXAMOS O BERÇO

No dia em que Alice fez 7 meses, ou melhor, na noite, durante um difícil processo de dormir, ela já tinha chorado um monte e estava mais calminha, sentada entretida com brinquedinhos, deixei ela no berço e fui fazer coisas. Quando olho a babá eletrônica, Alice está agarrada na grade, puxando o corpo! Ui! Saí correndo! Ah, não! Não vai ser por descuido que a Alice vai cair de novo, não! Fiquei no quarto até ela dormir (só pra registro, levou mais 1 h e acabou no peito...).

No dia seguinte, baixamos, enfim, o berço.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

MÃE DESNECESSÁRIA

Recebi o texto que transcrevo a seguir há uns 3 ou 4 anos atrás. Não sei de quem é, mas é lindo e muito verdadeiro. Desde então amadureço no coração a mensagem que ele trás e choro a cada vez que leio.

Hoje em dia o texto me comove ainda mais...

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MÃE DESNECESSÁRIA

A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo.

Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase e ela sempre me soou estranha. Até agora. Agora minha filha adolescente, aos quase 18 anos, começa a dar voos-solo. Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria embaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos. Uma batalha interna hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer na luta para controlar a super-mãe que todas temos dentro de nós, lembro logo da frase, hoje absolutamente clara. Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar uma mãe desnecessária.

Antes que alguma mãe apressada venha me acusar de desamor, preciso explicar o que significa isso. Ser ‘desnecessária’ é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre exisitirá, provoque vício e dependência nos filhos, como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos, confiantes e independentes. Prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros também. A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical, como bem resumiu a psicóloga e educadora Lidia Aratangy no artigo ‘Maternidade, liberdade, solidariedade’, uma das reportagens do especial ‘Mãe-maravilha’, desta edição. A cada nova fase, uma nova perda e um novo ganho, para os dois lados, mãe e filho. Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não para de se transformar ao longo da vida.

Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e recomeçam o ciclo. O que eles precisam é ter certeza de que estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis.

Pai e mãe – solidários – criam filhos para serem livres. Esse é o maior desafio e a principal missão. Ao aprendermos a ser ‘desnecessários’, nos transformamos em porto seguro para quando eles decidirem atracar.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

EU QUERO ELA

A volta ao trabalho, depois de 10 dias de recesso, deu uma ressaca... ela está toda me amando, se joga pra mim o tempo todo, fofa. Na viagem, choveu todos os dias, o tempo estava úmido e frio, acabamos restritos à casa grande da pousada. Com isso, os 5 dias foram super intensos, como na licença mesmo, fiquei na função dela direto. E agora, de volta ao trabalho, tenho que mudar o foco...

Não achei que fosse sentir tanto...

Acho que quando eu voltei a trabalhar me confortava saber que logo, logo viria o reveillon eu teria mais um pouquinho de licença. Mas agora que passou, estou como que de respiração presa até chegar em casa.

Decidi não ligar pra casa pra saber se ela está chorando. Mas eu estou chorando por dentro :(

Bem, agora que escrevi, choro por fora também. Mas ainda tenho licença pra isso :)